quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Altruísmo involuntário

Vou tentar dormir. Hoje o dia não foi nada bom e eu não quero que dias como estes voltem. Não você não continua às ordens. Se eu ordenasse estarias aqui e não aí, mas eu me contento com o afago distante, distorcido, mas sempre carinhoso.

Não precisa nem chamar, eu vou. Não há problema algum, talvez eu não queira falar sobre eles, é isso. Problemas profissionais, pessoais, mais pessoais que outra coisa e por que não dizer que tens grande parte de culpa nisso?

Odeio não ter controle sobre essa parte de mim, sabe? Odeio. Queria poder soluciona-los da mesma forma que soluciono os profissionais. To me sentindo sozinha. “Own”, “venha cá”. Nada disso adianta. Lembra do controle que eu desejava ter sobre mim? É você quem o possui.

“Isso é normal, cara”, você diz. Não, não é. Nada disso pode continuar sendo normal pra mim, não depois de tanto tempo. Não dá, cara. Eu n tolero mais, sabe? Eu preciso me bastar, não preciso depender de outra pessoa ou de um sentimento pra ficar bem comigo, sabe?


Eu não aprendo, todo mundo vive sua vida, e eu fico pautando a minha em algo que não existe. Um pseudo-respeito, uma pseudo-admiração. Ainda acredito que tudo isso não passe de um transtorno momentâneo, mas enquanto não o confirmo, eu fico aqui.

Sei que eu n sou a pessoa mais fácil de lidar, mas eu faço muito pelo outro e querendo ou não a gente acaba esperando alguma coisa em troca nem que seja algo negativo, mas você espera e eu esperei por você mesmo que fosse pra ler “problems solved”. E os meus, quem soluciona? Eu, é sei disso.

Não estou a cara da prosa, muito menos poesia. Talvez eu me encaixe na personalidade de um poeta. Incompreendido que não precisa de mais nada pra viver, além daquele sentimento que ele finge alimentar dentro de si, mas que já não traz nutriente algum para sua existência, apenas o cultiva por ter se tornado dependente de toda aquela droga.


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