quarta-feira, 30 de junho de 2010

if I give you my number...

A chuva cai num novo ritmo. Eu troco meus sapatos velhos por pés novos, eu pego um novo acento. Não gosto do que eu estava, o tecido está desgastado e está me desgastando. Você está me desgastando, vendo antigos jogos de baseball e teletons de baixo orçamento. Não é como ver você, quando você mesma que está passando. Tenho tempo pra pensar, pra desperdiçar e pra reclamar, mas quando o assunto é você me parece que não consigo achar tempo.
Então cuidado com a cabeça e cuidado com o chão, é uma hora estúpida pra aprender a nadar quando começa a se afogar, é uma hora estúpida pra aprender a nadar quando está afundando.
Se eu te desse meu número seria a mesma coisa? Se eu te salvar do afogamento, prometa-me que nunca vai embora. Prometa-me que vai sempre ficar. Fecharam o ultimo zoológico das redondezas e eu vou ganhar a guerra sem fim de quem mata o ultimo urso koala. E quem em morte o amará mais, e eu...Ele pega minha mão, me arrasta até a costa e diz "Talvez você não me ame, mas você aprenderá a me amar ainda mais". E bem, não estou surpresa.

domingo, 27 de junho de 2010

Divã

Somos um programa de televisão que saiu do ar e como ninguém desliga o aparelho, a TV fica aquele chiado incomodando no escuro.
Somos a lembrança de um beijo que não foi dado.
Se vc não queria ser infeliz comigo, saberá ser infeliz sozinha?

- Não era amor, era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, eram dois travesseiros. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. Não era amor, era melhor.

- Aprender aconviver com o efêmero é uma das tarefas mais duras que a vida impõe.