Eu já havia assistido eu sei que vou te amar, filme dirigido por Arnaldo Jabor e estrelado por Fernanda Torres e Thales Pan Checon, mas agora li a obra baseada no filme que recebe o mesmo título e é escrito pelo mesmo diretor.
Quem me conhece sabe do meu fascínio literário e cinematográfico, pelo Jabor.
Mas o assunto em questão não é esse e sim, o EU SEI QUE VOU TE AMAR.
O filme é feito todo em cima de um diálogo, entre um casal (Fernanda e Thales) que houvera se separado há pouco mais de três meses. Nessa discussão desenfreada e com picos de amor e ódio evidentes, o casal, ainda jovem, decide promover uma espécie de jogo da verdade sem regras e muitos participantes, apenas as mentes confusas de ambos e todo o sentimento jogado em um liquidificador duplo.
Arnaldo, consegue retratar claramente, o cotidiano de um casa feliz, como diz Jay. Mas na verdade, a convivência diária de dois corpos em um mesmo lugar, dividindo anseios, esperando gestos, desejando nexo, não passa de uma realidade pouco retratada.
O que se pode ver em Eu sei que vou te amar, é o mais puro tratamento de corações apaixonados, amantes mal amados, que viveram intensamente, mas que foram sugados pela máquina do casamento. O tal matrimônio, que eu tanto quero ter e que de um todo, não é ruim.
As vezes fico pensando se isso tudo é válido, se eu vou ter que acordar e deixar a cama devidamente arrumada, se eu vou chegar a noite, ou a qualquer hora, e fazer sexo com o meu amor o dia inteiro, se vou cozinhar, servir de mulher mesmo, ou se apenas, irei ser o fruto de mais um desejo que nunca fora imposto nem definido por mim.
O desejo que cobre a nuvem escura do proibido, o desejo de ser mais, o querer ser menos, o tentar ser eu em outro.
O simples querer, de uma felicidade contraditória de um casal que poderá se divorciar.
Sim eu quero.
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